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Governo não tinha dimensão das fraudes no INSS, afirma Lupi
O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a sessão, ele negou qualquer envolvimento em irregularidades no esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados por meio de descontos fraudulentos.
Lupi destacou que nunca teve conhecimento das fraudes e não atuou para escondê-las. Ele afirmou que o governo não tinha capacidade de dimensionar o tamanho e o volume das irregularidades, apenas quando a Polícia Federal investigou a fundo. A instituição abriu investigações em 2016 e em 2020 para apurar fraudes na Previdência.
O ex-ministro também destacou que a falta de recursos e capacidade da administração pública contribuiu para o aumento das fraude no INSS. Segundo ele, a gestão anterior não tinha condições de controlar as irregularidades, apenas quando a Polícia Federal foi chamada para investigar.
A CPMI é composta por membros do Senado e da Câmara dos Deputados e tem o objetivo de investigar as fraudes no INSS. O grupo também está analisando as medidas que devem ser tomadas para evitar que essas irregularidades se repitam em futuro.
Durante a sessão, Lupi também discutiu sobre a importância da fiscalização e controle interno do INSS. Ele enfatizou que o governo precisa investir mais em tecnologia e recursos humanos para monitorar as atividades do instituto e evitar fraudes. Além disso, ele defendeu a criação de uma agência independente para fiscalizar as contas públicas.
A investigação das fraude no INSS é um dos principais objetivos da CPMI. O grupo está trabalhando para identificar os responsáveis pelas irregularidades e apresentar propostas de lei para evitar que esses problemas se repitam em futuro.