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domingo, maio 19, 2024

A evolução dos vilões nos quadrinhos de ficção científica

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O universo dos quadrinhos está em constante crescimento e evolução. A cada nova edição, os roteiristas cativam ainda mais o apreço de entusiastas como Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza, que além de leitor e admirador,  é um grande  entendedor do assunto. Um dos motivos para as histórias em quadrinhos conquistarem cada vez mais fãs é o excelente desenvolvimento dos personagens, especialmente dos vilões, que tem ganhado cada vez mais o coração dos leitores. Leia para entender mais do assunto!

 

O vilão com potencial

 

O tão conhecido Coringa foi criado para ser descartado. Quando o vilão teve sua primeira aparição, em 1940, no quadrinho Batman #1, a ideia dos roteiristas era eliminá-lo ao final da edição. Todavia, o protesto de um dos editores da DC Comics, Whitney Ellsworth, foi ouvido. Ellsworth enxergava potencial no personagem e ele estava correto, visto que após 83 anos de sua estréia, o vilão é hoje um algoz consagrado e até mesmo, amado. Este é o caso de diversos nomes da cultura contemporânea como Darth Vader, Hannibal e Walter White, mas nem os antagonistas nem sempre tiveram o coração do público.

 

Ser ou não ser (vilão)? 

 

A figura do vilão clássico  passou a ser de fato consolidada durante a Idade Média, o vilão realmente mau, um contraponto negativo de tudo que o herói possui de positivo. A consequência dessa dicotomia é tornar as histórias mais caricatas. Não existe mistério nas intenções dos personagens: elas são sempre só boas ou só ruins. Toda a narrativa acabava centrada no embate bem versus mal. Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza ressalta que hoje esse modelo rígido de luta entre o bem e o mal não prevalece nas histórias da atualidade, principalmente nos quadrinhos. 

 

A importância do vilão no enredo

 

O vilão é tão importante no desenvolvimento de uma história quanto o herói protagonista. Na contemporaneidade, tudo é questão de ponto de vista, uma vez que um vilão carismático pode ilustrar que todo ser humano tem seu lado “ruim”, podendo até mesmo gerar uma certa identificação. Enquanto o herói mostra suas falhas insuperáveis, o vilão se entrega totalmente a eles, todavia, isso não anula sua porção de humanidade.

Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza
Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza

A evolução do vilão

 

Se antes o vilão tinha apenas como objetivo ilustrar o mal, o errado e o proibido, hoje seu papel é outro. Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza aponta que com a explosão da cultura pop, durante o século 20, vilões obtiveram uma aura própria de carisma, mesmo sendo a própria encarnação do mal – como Darth Vader da trilogia original, que conquistou uma legião de fãs. Em muitas vezes o leitor se identifica com esses personagens  “imperfeitos”, enxergando neles, um pouco de sua própria personalidade.

 

A criação do anti-herói

 

Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza pontua que a identificação dos leitores com os vilões, sobretudo nas histórias em quadrinhos, culminou na criação do vilão heróico, mostrando a jornada do mesmo, proporcionando ao leitor, um entendimento das motivações, ambições e sentimentos, além de como elas gradualmente moldaram a vilania de seus atos, tornando em alguns casos a posição do vilão justificada e compreendida, abrindo espaço para novas interpretações 

 

Características do vilão

 

Os roteiristas das histórias em quadrinho de ficção científica possuem um amplo espaço para criação e desenvolvimento de seus personagens. Algumas características dos vilões podem contribuir para que o mesmo seja adorado pelos leitores. Entre essas características, podemos citar o carisma, a complexidade psicológica e suas vulnerabilidades ocultas, visto que esse fator pode o tornar mais complexo e pode suscitar maior empatia do público.

 

O vilão é, portanto, uma figura emblemática na arte da escrita, uma vez que adiciona profundidade, emoção e tensão às narrativas que ressoam com o público por gerações, atraindo  leitores assíduos como Jacques Dimas Mattos Albuquerque de Souza. Temos hoje,  diversas histórias que abrem brechas interpretativas nas quais se pode entender os motivos de o vilão agir de determinada maneira e, quem sabe, não ser mais visto como vilão a partir de novos pontos de vista.

 

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