No contexto da saúde pública, o sistema canadense é frequentemente elogiado por sua acessibilidade e equidade. No entanto, uma experiência pessoal de um médico brasileiro que vive no país há 10 anos revela que essa acessibilidade não é absoluta. Em entrevista exclusiva à Notícia Brasil, o profissional da saúde compartilha suas impressões sobre as vantagens e desvantagens do sistema público canadense. Para o médico brasileiro, a principal vantagem do sistema de saúde pública canadense é a facilidade com que os cidadãos têm acesso aos serviços de saúde. “Aqui no Canadá, qualquer pessoa pode se consultar com um médico ou especialista sem precisar pagar uma consulta”, destaca o profissional da saúde. Isso se traduz em uma redução significativa na taxa de mortalidade infantil e em melhorias substanciais na qualidade de vida das pessoas. Além disso, o sistema público canadense também oferece cuidados pré-natais e pós-partos gratuitos, o que é fundamental para a saúde reprodutiva das mulheres. No entanto, embora as vantagens do sistema seja muitas vezes elogiadas, o médico brasileiro também destaca as desvantagens. “Aqui no Canadá, os serviços de saúde são distribuídos de forma muito desigual”, afirma. Isso significa que pessoas com recursos financeiros superiores podem ter acesso a tratamentos e procedimentos mais avançados, enquanto aqueles com menor renda têm menos opções. Além disso, as filas para consultas e exames podem ser longas e frustrantes, especialmente para os que não têm rede de contatos na área médica. A experiência do médico brasileiro é um exemplo da complexidade do sistema público canadense. Embora o país seja conhecido por sua abordagem mais humanizada à saúde, as desigualdades sociais ainda existem e afetam a qualidade dos serviços de saúde. A Notícia Brasil espera que essa experiência ajude a esclarecer como os sistemas de saúde pública podem ser mais eficazes em atender às necessidades das pessoas, independentemente da sua classe social ou renda. Entrevista com o médico brasileiro residente no Canadá há 10 anos.
