Muita gente gosta de passar o tempo livre nas redes sociais acompanhando notícias, fotos de amigos e principalmente os memes. Um bom meme precisa ter humor e está conectado com o que está acontecendo no dia a dia dos usuários. Eles podem ser fotos, gifs ou até vídeos com um conteúdo divertido e a gente costuma gastar horas assistindo e mandando para os amigos. Os memes são apontados por pesquisadores como um novo gênero textual da era digital.
Mas já imaginou como pode ser construtivo unir os memes com o aprendizado? Essa ideia foi colocada em prática por um professor de geografia, o Paulo Alberto Lobão. O docente explica que a linguagem mimética é muito usada no dia a dia e tem sido cada vez mais abordada em vestibulares e concursos públicos.
“A gente trabalha um assunto que é muito importante como atualidades e geopolítica trazendo essa linguagem que chega até eles de forma natural no Whatsapp, Instagram e Twitter e assim conseguimos trazer conhecimento. Estamos falando a linguagem do jovem e isso é muito importante”, comentou o professor.
Era da tecnologia
Hoje estamos na era da tecnologia com fácil acesso a internet e redes sociais. Os professores se desdobram para conseguir prender a atenção do jovem e ensinar o conteúdo em sala de aula. Mas quando o professor começou a usar os memes para explicar a matéria, logo percebeu o engajamento dos estudantes aumentando.
Memes como instrumento de ensino
Antes os professores competiam com os celulares pela atenção dos alunos. Até que perceberam que poderiam usar a ferramenta como uma aliada. O professor Paulo Alberto Lobão lembra que sempre foi um professor diferente, por trazer para a sala de aula as redes sociais.
“Eu trabalho dessa forma há muito tempo, usando pagina do orkut, blogs, Fanpage no Facebook e um canal do youtube. Sempre buscando atrair o aluno com as redes sociais para trabalhar um assunto que é importante que eles aprendam”, ressalta.
Essa forma criativa, interativa e diferente de dar aula, faz com que os alunos interajam mais e fiquem atentos a cada detalhe do conteúdo. O estudante Carlos Eduardo Santos, de 17 anos, acha a forma tradicional de ensinar ultrapassada.
“Eu aprendo bem mais dessa forma, porque usar a tecnologia e ter aulas mais leves ajuda a aproximar o professor. Além disso, a gente chega muito cedo e ter aulas sempre da mesma forma faz com que o interesse diminua”, pontua o jovem.
A Beatriz Sousa, de 17 anos, conta que essa é uma das suas aulas preferidas. A metodologia faz com que ela fique mais atenta, aprenda o conteúdo com mais facilidade e participe ativamente da aula.
“Eu gosto e acho que são bem mais atrativas que as demais aulas. Isso acontece porque são coisas do nosso cotidiano que estão no nosso ambiente e nas redes sociais. Me ajuda a focar mais e a dinâmica fica melhor também”, conta a jovem.